"Não há prescrições para um caso como esse", escreveu Luria. "Faça o que sua perspicácia e seu coração sugerirem. Há pouca ou nenhuma esperança de recuperar sua memória. Mas um homem não consiste apenas em memória. Ele tem sentimento, vontade, sensibilidades, existência moral – aspectos sobre os quais a neuropsicologia não pode pronunciar-se. E é ali, além da esfera de uma psicologia impessoal, que você poderá encontrar modos de atingí-lo e mudá-lo. E as circunstâncias de seu trabalho permitem isso especialmente, pois você trabalha em um asilo, que é como um pequeno mundo, muito diferente das clínicas e instituições onde trabalhamos. Em termos neuropsicológicos, há pouco ou nada que você possa fazer; mas no que respeita ao indivíduo talvez você possa fazer muito".
A. R. Luria apud Oliver Sacks. In: O Marinheiro Perdido - O Homem que confundiu sua mulher com um chapéu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário